quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ESPECIAL GP BRASIL: 1980 - A SURPRESA ESPECIAL

27 de Janeiro de 1980, a primeira vez de ver Fórmula 1 não estando no retão.

O setor escolhido foi o A, onde pelo menos via-se a largada e bastante da pista, hoje com a construção do Padock, Torre de cronometragem, vê-se apenas a largada.

No dia 26, preparativos, informes, troca de telefones, motivo da apreensão o nascimento de meu primeiro filho.

A indecisão, vou ou não? Um desavisado pode perguntar por que não levou o celular? Em 1980?

No dia anterior aluguel de uma garagem em uma casa que dava para sair de Interlagos em direção a ponte do Socorro e não pela av. Interlagos, que ao contrario dos dias de hoje permanecia com suas mãos de direção inalterada. Ah, previamente paga!

No dia da corrida, pela manhã, checagem dos detalhes finais, se com a esposa e o futuro filhote estava tudo bem, com meu pai se ele de fato tinha o telefone da rádio Bandeirantes e o local onde estaria, em frente ao portão 3, hoje setor A, bem em frente ou abaixo de uma Paineira (esta até hoje permanece por lá) e o mais importante um radinho de pilha! O local foi previamente escolhido por haver uma caixa de som que transmitia a corrida.

No final, a corrida mais importante foi a que menos curti. A classificação final foi: Renee Arnoux, Renault; 2º Elio de Angelis, Lotus; 3º Alan Jones, Willians, na Fittipaldi a estréia de Keke Rosberg, que seria campeão do mundo em 82 pela Willians e na corrida por ter ultrapassado seu “chefe” tomou uma comida homérica em público.

Sai de Interlagos, chego em casa e o filhote só nasceu dois dias depois, acabou esperando o pai ver a sua corridinha e provavelmente, ou melhor, com certeza, acabou sendo contaminado pelo vírus da velocidade, ele é ninguém mais que o Augusto Roque, companheiro das madrugadas em dias de corrida e treinos, de emoções, de pizzas geladas com coca cola. Passou por Piquet (o pai!), Moreno, Senna, Rubinho, Massa e mais um monte de botas.

Neste ano, 2009, tudo de novo e graças a Deus mais uma vez juntos, no mesmo retão, agora sobre ele, dos anos 70. Torcida igual, choro igual e neste ano independente de tudo POEIRA NELES RUBINHO.

(To, um beijão de seu pai)

3 comentários:

Marcos - Blog da GGOO disse...

Bonita essa relação, tô iniciando uma parecida, vamos ver se o moleque guenta!!

Igor * @fizomeu disse...

até "viciar", a influência do pai é fundamental... bela história!!!

Prof. Augusto Roque disse...

snif, snif, snif...