quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O (anti)eurocentrismo da F1*

* Por Mauro de Bias



Foi-se Estoril, foi-se Magny-Cours, foi-se A1 Ring, foi-se Ímola, Spa cambaleou, Nurburgring e Hockenheim só aparecem uma vez a cada dois anos…

Lá em 1999, quando a F1 correu pela primeira vez na Malásia foi dado o primeiro passo para o êxodo europeu da categoria, que logo depois foi avançando para Bahrein, Turquia, China, Cingapura, Abu Dhabi e, mais recentemente, Coreia do Sul e Índia.

E nesses últimos anos, Bernie Ecclestone tem perseguido incansavelmente o objetivo de encaixar 20 corridas em uma temporada. E se tudo correr dentro do planejado, ele vai conseguir isso neste ano pela primeira vez.

As equipes reclamam de corridas demais. E além de serem muitas, elas acontecem longe das fábricas, que ficam na Europa. O incômodo então é duplo para os times. Há muitos deslocamentos e eles são grandes.

Obviamente as reclamações surgem aos montes. Pulam declarações aqui e ali de dirigentes de equipes reclamando do excesso de corridas fora da Europa. A mais recente veio da Ferrari. Ir para longe tantas vezes ao ano cansa.

O grande problema da expansão da F1 para os torcedores é a perda dos autódromos clássicos. A categoria perde muito da identidade sem corrida em Spa (batendo na madeira para a Bélgica não sair de novo do calendário), em Ímola, indo a Nurburgring só uma vez a cada dois anos… Melhor nem imaginar então o que seria ficar sem Monza, Silverstone ou outros do mesmo calibre.

As equipes pedem mais corridas na Europa. E mesmo que seja um eurocentrismo injustificado, já que a F1 é uma categoria internacional (mesmo tendo nascido lá), mais provas no Velho Mundo e menos nos suntuosos circuitos orientais não seria uma má ideia.

2 comentários:

Igor * @fizomeu disse...

bernie e tilke comemoram!!!

Marcos - Blog da GGOO disse...

M.H.T.!!!
Tchau, Bernie, já deu!