segunda-feira, 15 de abril de 2013

A volta do matador*

* Por Luis Fernando Ramos



Não demorou muito para Fernando Alonso encontrar o caminho da vitória nesta Fórmula 1 em 2013, pautada sobretudo por um ritmo contido para controlar o desgaste dos pneus. Ainda que os três primeiros colocados do pódio tenha utilizado a mesma estratégia - três paradas, usando o composto macio apenas no início da corrida - o espanhol sacramentou seu triunfo em pouquíssimo tempo, superando Kimi Raikkonen na largada e Lewis Hamilton na reta dos boxes na quinta volta. Depois, abriu vantagem e controlou seu ritmo como quis. Um triunfo encorajador para deixar o espanhol otimista em relação às suas chances no campeonato. Ele ocupa agora a terceira colocação na tabela.

- Foi uma corrida perfeita, por vários fatores: o trabalho da equipe, a competitividade do carro. E tem mais por vir. Não por um mero desejo meu, mas estamos em débito com a sorte. Na Malásia eu abandonei depois que a asa dianteira entrou debaixo do meu carro depois de um toque; e hoje vimos Kimi (Raikkonen) terminar em segundo também depois de tocar outro carro com o bico. Acho que tive falta de sorte já e ela vai ser compensada ao final de dezenove corridas - avaliou.

Mas Alonso não deveria maldizer a sorte de Raikkonen na corrida de ontem. Afinal, o finlandês terminou a prova a apenas dez segundos do espanhol mesmo após colidir com a traseira do carro de Sergio Perez.

- Não dá para dizer o quanto o dano com a asa afetou minha corrida, mas o carro não foi desenhado deste jeito então certamente não ajudou. Mas confesso que fiquei surpreso o quão bom o carro esteve apesar de tantos danos ali na frente - falou o finlandês.

Lewis Hamilton chegou em terceiro lugar usando uma estratégia similar aos dois primeiros colocados e festejou o bom início de ano com a Mercedes, embora destacou que o ritmo ainda não está no mesmo nível da classificação. Sebastian Vettel quase superou Hamilton na última volta numa prova em que inverteu a estratégia ao usar o pneu macio apenas no final da corrida. Ainda líder do Mundial, o alemão despejou sua frustração com a dinâmica atual das corridas.

- Saber a atual divisão de forças no momento é uma piada, não parece muito uma corrida atualmente já que tudo depende exclusivamente dos pneus. Mas é assim que são as coisas e hoje, infelizmente, tiveram três que fizeram um trabalho melhor que o nosso.

No próximo domingo, no Bahrein, embaralham-se as cartas, os compostos e o jogo começa novamente.

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