quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Grandeza se mede em caráter, não em conquistas*
* Por Luis Fernando Ramos
Felipe Massa viveu os dois extremos do esporte correndo pela Ferrari. Venceu duas vezes em Interlagos, uma delas ao final da temporada de 2008, depois de perder o título na decisão de campeonato mais dramática da história, fazendo com que o torcedor celebrasse algo que ele não costuma perdoar: um vice-campeonato. Era a esperança de um grande futuro de sucesso como líder da equipe mais tradicional da categoria. No ano seguinte aconteceu o grave acidente num ano ruim para os italianos.
A partir de 2010, Massa viu seu espaço ocupado por Fernando Alonso: um piloto forte na pista como eram os antecessores Michael Schumacher e Kimi Raikkonen, mas ainda mais forte na política interna. O brasileiro sucumbiu à pressão e se tornou um piloto inconstante. Veloz no seu bom dia, mas extremamente irregular. Como numa bola de neve, a falta de resultados fez com que, pela tradicional política ferrarista, ele tivesse de atuar para ajudar o espanhol a ganhar títulos. O torcedor não perdoou. Anunciada sua saída, as reações nas mídias sociais mostraram isso. Uma pena. A mudança promovida pela Ferrari neste momento é correta e compreensível - falaremos dela ainda nessa semana. O desrespeito à história de um dos cinco maiores pilotos do país que correram na Fórmula 1, não. Massa merecia sair da Ferrari agora, mas merecia também que seu valor ao longo de oito temporadas por uma das maiores equipes da F-1 fosse reconhecido.
Não entendo como tanta gente ainda acredita nessa bobagem de que o piloto tem de “defender os interesses da pátria”. Como se o compromisso dele fosse com você, torcedor, ou com o estandarte verde-e-amarelo. E não com a equipe, com as pessoas com quem ele trabalha no dia-a-dia, com a organização que o paga para trabalhar para ela. Os três campeões mundiais brasileiros também funcionavam assim. Mas deram oito títulos para comemorarmos como se nós os tivéssemos conquistados. O pecado de Massa, no fundo, foi ter sido campeão por apenas dezoito segundos. E reagir à situação com uma grandeza inigualável, só possível em um sujeito com um bem que tanto faz falta no mundo hoje em dia: grandeza de caráter. Pobre Massa, dezoito segundos, foi rápido demais, todo mundo já esqueceu.
Se você está entre aqueles muitos que li hoje dizendo que “Massa envergonhou o Brasil” ou teve uma passagem “vexatória” pela Ferrari, saiba que você está apontando o dedo para a pessoa errada. Em primeiro lugar, saia do mundo de conto-de-fadas e busque entender como funciona a F-1 na realidade. Em segundo lugar, cobre do presidente da CBA uma política para formar pilotos para correr em monopostos; cobre do governo federal a criação de incentivos fiscais que atraiam mais empresas dispostas a investir no automobilismo. Em terceiro lugar, aponte o dedo para si mesmo: são estes os valores que você quer carregar na sua vida?
Ou então mude de canal e vá assistir campeonato de luta livre, sul-americano de palitinho, mundial de joquenpô ou a modalidade que seja onde “brasileiros de verdade” estejam ganhando. Celebre também nossa sociedade que, nos índices de corrupção, violência urbana e do trânsito, está sempre colocada entre os primeiros no mundo todo.
É o que vale, não é?
Felipe Massa viveu os dois extremos do esporte correndo pela Ferrari. Venceu duas vezes em Interlagos, uma delas ao final da temporada de 2008, depois de perder o título na decisão de campeonato mais dramática da história, fazendo com que o torcedor celebrasse algo que ele não costuma perdoar: um vice-campeonato. Era a esperança de um grande futuro de sucesso como líder da equipe mais tradicional da categoria. No ano seguinte aconteceu o grave acidente num ano ruim para os italianos.
A partir de 2010, Massa viu seu espaço ocupado por Fernando Alonso: um piloto forte na pista como eram os antecessores Michael Schumacher e Kimi Raikkonen, mas ainda mais forte na política interna. O brasileiro sucumbiu à pressão e se tornou um piloto inconstante. Veloz no seu bom dia, mas extremamente irregular. Como numa bola de neve, a falta de resultados fez com que, pela tradicional política ferrarista, ele tivesse de atuar para ajudar o espanhol a ganhar títulos. O torcedor não perdoou. Anunciada sua saída, as reações nas mídias sociais mostraram isso. Uma pena. A mudança promovida pela Ferrari neste momento é correta e compreensível - falaremos dela ainda nessa semana. O desrespeito à história de um dos cinco maiores pilotos do país que correram na Fórmula 1, não. Massa merecia sair da Ferrari agora, mas merecia também que seu valor ao longo de oito temporadas por uma das maiores equipes da F-1 fosse reconhecido.
Não entendo como tanta gente ainda acredita nessa bobagem de que o piloto tem de “defender os interesses da pátria”. Como se o compromisso dele fosse com você, torcedor, ou com o estandarte verde-e-amarelo. E não com a equipe, com as pessoas com quem ele trabalha no dia-a-dia, com a organização que o paga para trabalhar para ela. Os três campeões mundiais brasileiros também funcionavam assim. Mas deram oito títulos para comemorarmos como se nós os tivéssemos conquistados. O pecado de Massa, no fundo, foi ter sido campeão por apenas dezoito segundos. E reagir à situação com uma grandeza inigualável, só possível em um sujeito com um bem que tanto faz falta no mundo hoje em dia: grandeza de caráter. Pobre Massa, dezoito segundos, foi rápido demais, todo mundo já esqueceu.
Se você está entre aqueles muitos que li hoje dizendo que “Massa envergonhou o Brasil” ou teve uma passagem “vexatória” pela Ferrari, saiba que você está apontando o dedo para a pessoa errada. Em primeiro lugar, saia do mundo de conto-de-fadas e busque entender como funciona a F-1 na realidade. Em segundo lugar, cobre do presidente da CBA uma política para formar pilotos para correr em monopostos; cobre do governo federal a criação de incentivos fiscais que atraiam mais empresas dispostas a investir no automobilismo. Em terceiro lugar, aponte o dedo para si mesmo: são estes os valores que você quer carregar na sua vida?
Ou então mude de canal e vá assistir campeonato de luta livre, sul-americano de palitinho, mundial de joquenpô ou a modalidade que seja onde “brasileiros de verdade” estejam ganhando. Celebre também nossa sociedade que, nos índices de corrupção, violência urbana e do trânsito, está sempre colocada entre os primeiros no mundo todo.
É o que vale, não é?
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Um comentário:
Será que o Finlandês irá se Portar como Massa na Ferrari ? Pense Nisto !. Se Lucas Montezemollo deu a Alonso um Cara de Nacionalidade Brasileira para se Jogar no Fogo por Alonso tantas vezes Fosse Necessária ...qual Recado Montezemollo estaria Mandando para Alonso com a Contratação de Kimi agora ? ou será que a F-1 Mudou a Partir da Saída de Felipe Massa ? sim pois se a Fórmula 1 funciona do jeito que estais a Falar ..veremos Kimi se portando como Massa a lógica seria esta não ? será que iremos ver ele se portar ? . O Futuro lhês mostrará que não ! . E Isto se Alonso ficar na Ferrari pois várias equipes já estão se mobilizando para Te-lo , creio que para Muitos a F-1 não é do jeito que diz funcionar ..vergonha na Cara é algo que nunca sai de moda em canto algum ....Questão de dias e Semanas e Alonso anumciará saída e vai rachar a Ferrari ao meio em 2014 ! . Ele não engole sapos ..igual Ayrton ...Piquet ..e Emerson ..( Antes de Tudo sou desafeto de Alonso ...e Sou Vettel com RBR )
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